Uso de inteligência artificial no ensino divide especialistas, mas tecnologia pode ser aliada do professor

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Conhecendo a ferramenta tecnológica e tendo objetivos claros,  inteligência artificial deve favorecer o cenário educacional

Ela está aí, queira você ou não. E estando na cadeira de estudante ou frente à uma sala de aula, a inteligência artificial tem muito a oferecer para a experiência na educação. Essa é a visão de muitos especialistas quando o assunto é o uso da inteligência artificial no ensino. 

Embora muitas autoridades estejam em uma corrida contra a nova tecnologia – que não é tão nova assim, só está mais desenvolvida – outras têm buscado maneiras responsáveis de implementar a inteligência artificial no ensino, se aproveitando da facilidade e rapidez da tecnologia. 

Centrado geralmente em relação ao ChatGPT, software de buscas e produção de conteúdo que tem acumulado críticas, o debate sobre o uso da inteligência artificial no ensino vai muito além dele. Há várias outras ferramentas de IA que podem trazer avanços nas aulas: plataformas de geolocalização, para cálculos de distâncias e imersão geográfica; chatbots para resolução simples de problemas; ferramentas de learning analytics, que usam da inteligência artificial para trazer sugestões e melhorias na jornada de aprendizagem. 

Para o pedagogo e docente da UniBRASÍLIA EaD, Rafael Moreira, os professores precisam acolher pedagogicamente tudo que é novo. “Sempre há os dois lados, mas quando há uma resistência do professor, tudo vira prejuízo”, argumenta. De acordo com o especialista, negar o uso da inteligência artificial no ensino pode ser sim um sinal de estagnação. 

“Talvez a palavra retrocesso não seria a mais precisa, justamente por compreender que a escola demorou muito a acolher vários dos recursos tecnológicos que são colaborativos. Mas, seria sim, uma estagnação no tempo de evolução e imersão em tantas possibilidades pedagógicas, atreladas ao papel docente no uso de diferentes recursos em prol da melhoria na aprendizagem dos alunos”.

Ele pontua, no entanto, que é fundamental saber de que modo a inteligência artificial no ensino pode ser explorada, para que seu uso tenha relevância com os objetivos, seja como fator colaborativo da disciplina ou para abraçar as novas tecnologias em contribuição para melhoria da educação. “Podem sim ocorrer prejuízos quando não se tem foco definido”, destaca. 

(Texto: Bruno Corrêa/ Revisão: Marcos Ferreira – Assessoria de Comunicação do Ecossistema Brasília Educacional)