A graduação em Direito na Faculdade UniBRAS Gama tem sido um caminho de compromisso e dedicação para Daiane da Rocha Biam, uma estudante cigana que não só busca sua formação acadêmica, mas também se engaja ativamente na luta pela defesa dos direitos dos povos ciganos.
Integrante da Associação Nacional das Etnias Ciganas (ANEC), Daiane participa de diversos eventos e iniciativas que visam ampliar a representatividade e promover o respeito à cultura e história dos povos ciganos. Recentemente, ela contribuiu como co-autora em um artigo fundamental para essa causa, intitulado “Representações sociais dos povos ciganos nos veículos de imprensa do Estado de Goiás (2018-2022)”.
No artigo, Daiane e seus colegas de pesquisa (Phillipe Cupertino Salloum e Silva e Jaqueline Pereira dos Santos) mergulharam em uma análise profunda sobre como os veículos de imprensa constroem as representações dos povos ciganos em Goiás. A pesquisa empírica envolveu a leitura e análise de reportagens de cunho criminal que mencionavam pessoas ciganas, destacando o papel dos meios de comunicação na disseminação de estereótipos e preconceitos.
“Infelizmente, os povos ciganos, em toda sua história, sofrem vários tipos de perseguições e descriminalização de várias formas”, expressa Daiane. Ela enfatiza a importância de compreender que cada indivíduo deve ser responsabilizado por suas ações, sem generalizações que prejudiquem toda uma comunidade. “É uma realidade covarde em que as comunidades ciganas enfrentam perseguições, expulsões e constrangimentos simplesmente por pertencerem a uma cultura milenar que merece respeito”, completa.
Para contextualizar, os ‘povos ciganos’ são grupos étnicos nômades com uma história e cultura ricas e diversificadas. Eles contribuíram significativamente para a história e cultura de diversos países, incluindo o Brasil, desde os tempos da colonização. É fundamental reconhecer e respeitar sua identidade, valorizando suas tradições e combatendo estereótipos prejudiciais.
Daiane da Rocha Biam é um exemplo inspirador de como a educação e a atuação social podem se unir em prol de uma sociedade mais inclusiva e justa. Sua voz e suas ações são importantes para promover o diálogo, a compreensão e a igualdade para todos.