Com autoridade no assunto, professores foram livres para indicar clássicos que acordo com seus critérios pessoais
Recebendo da metrópole a futura língua oficial do país, o Brasil fez dela o que bem quis, e fez bem! A famosa “língua de camões” se tornou também o idioma de quase todos os mais de 200 milhões de brasileiros. A literatura fez-se mais que arte, com escritores conhecidos mundialmente, uma identidade única e ao mesmo tempo diversa, refletindo bem nosso país como ele é. Para comemorar o Dia Nacional do Livro, selecionamos aqui 3 clássicos da literatura brasileira que você não pode deixar de ler.
Com histórias riquíssimas e características típicas da formação do nosso país, esses 3 clássicos da literatura brasileira tem destaque no cenário artístico nacional e notoriedade atemporal. Para nos ajudar a angariá-los, pedimos ajuda a cincos docentes, especialistas na área, que lecionam em instituições de ensino do Ecossistema BRAS Educacional.
Abaixo estão os 3 clássicos da literatura brasileira por indicação e critérios pessoais. Os docentes que participaram da nossa lista puderam apontar de forma livre sua obra, com espontaneidade também de critérios. Confira o resultado abaixo.
- Quincas Borba – Machado de Assis
Escrito impecavelmente por um dos maiores autores da literatura brasileira, Quincas Borba conta a história de Rubião, que após a morte de Quincas Borba – seu amigo – recebe uma fortuna, desde que cuide do também Quincas Borba, seu cão. Após receber as posses, o protagonista decide deixar o interior e ir para o Rio de Janeiro, onde é explorado pelo casal Palha e Sofia, deixando evidente o jogo de interesses que move as relações sociais. Após ser humilhado e perder tudo que tem, Rubião enlouquece, relembrando a máxima da teoria de seu já falecido amigo: “Ao vencedor as batatas!”.
Indicado pela docente do Centro Universitário UniBRASÍLIA de Goiás, Thaís Alves de Sousa,o romance foi escrito por Machado de Assis e publicado em 1891. Ela conta que a obra faz parte parte da trilogia que consagrou o autor como um dos melhores escritores de nossa literatura, embora seja mais conhecido por outras obras, a exemplo de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”.
“A obra ganhou minha preferência quando eu ainda cursava Letras, lá pelos idos de 2010. Gosto da forma como a narrativa é construída”, argumenta a docente. “A ingenuidade de Rubião, o jogo de interesses arquitetado por Palha e Sofia, o título do livro – que remete tanto ao cão quanto ao seu dono – e as tristes travessuras em que o protagonista se envolve são capazes de prender nossa atenção”.
- Torto Arado – Itamar Vieira Júnior
‘‘Um retrato do nosso país nas suas minúcias, com seus desafios, sofrimentos, tristezas e belezas’’. É assim que define a obra que indicou a docente Magda Vilas-Boas, formada em Letras, docente pelo Centro Universitário UniFACTHUS e autodenominada uma apaixonada pela leitura. ‘‘Eu sou os livros que li, os autores que estudei’’.
Escrito por Itamar Vieira Júnior, Torto Arado discute fatos do passado que ainda insistem no presente, com vistas ao futuro, acompanhando a vida de duas personagens irmãs, Bibiana e Belonísia, que se envolvem em um acidente, com o roteiro se desenrolando a partir desse fato.
De acordo com a docente, o livro é de fácil leitura e envolvimento do leitor. ‘‘Trata-se de um romance comovente. É uma obra atemporal, clássica, uma das melhores da literatura atual que eu já li’’, garante.
- Meu Pé de Laranja Lima – José Mauro de Vasconcelos
Essa é uma escolha um tanto pessoal para o professor Roberto Duarte, formado em Letras e docente do Centro Universitário UniFACTHUS. Isso porque foi um de seus primeiros livros, aos 11 anos, e o comoveu bastante.
Publicado em 1968, a obra retrata a vida de uma criança de 6 anos vinda de uma família pobre e numerosa, detalhando sua rotina familiar e realidade social. Aborda temas universais como a infância, a amizade, solidão, pobreza, esperança e superação. Posteriormente teve adaptações para cinema.
O docente argumenta que, embora não seja um livro amplamente divulgado, foi muito significativo para ele, especialmente na fase da vida em que se encontrava.
‘‘A história me comoveu muito à época, fazendo-me lembrar, até hoje, de todas as sensações que tive à medida que lia a obra. A narrativa é bem cativante, especialmente considerando a idade que tinha’’, conta.
Para ele, embora seja um livro recomendado para crianças – na época foi recomendado por sua professora – a narrativa impacta todos os públicos. ‘‘Os temas abordados ressoam com pessoas de todas as idades e origens, tornando a história relevante para um público diversificado’’.
(Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional)